Agricultura regenerativa: você sabe o que é?

O modelo de agricultura regenerativa defende que a produção agrícola seja realizada junto a preservação do meio ambiente. O movimento vai na contramão de manejos que esgotam os solos e recursos naturais. Dessa forma, esse modelo de manejo dá prioridade à sustentabilidade ambiental, à saúde humana e produções mais sustentáveis e produtivas.

Atualmente, manejos que conservam o solo e não poluem o meio ambiente são cada vez mais utilizados nas produções agrícolas. Aqui, não estamos falando somente de produções mais limpas, mas também mais rentáveis e com maior valor agregado. O termo agricultura regenerativa está cada vez mais presente no cotidiano do produtor rural. Por isso, nesse artigo separamos os principais pontos, para sanar as dúvidas sobre esse sistema.

Índice

Origens da agricultura regenerativa

O manejo regenerativo tem sua origem na agricultura orgânica que ganhou destaque no cenário agrícola a partir da década de 1940. À medida que o movimento orgânico crescia, os agricultores começaram a utilizar esses manejos em suas produções. Quando viram os excelentes resultados, começaram a agregar as técnicas a algumas práticas convencionais. O termo agricultura regenerativa foi criado por Robert Rodale em 1983, e traz como referência a necessidade de restabelecer sistemas naturais em áreas agrícolas. 

A partir desse contexto, as técnicas passaram a ter holística unindo os principais princípios da agricultura orgânica com técnicas mais tradicionais. É importante destacar que todo esse movimento tem seus preceitos pautados na saúde do solo e gestão da terra. A preservação dos recursos naturais e uso racional dos manejos e insumos são a base do manejo regenerativo.

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A agricultura moderna traz diversas características da agricultura regenerativa
 e a importância do uso de ferramentas integradas de manejo.
Fonte: CropLife Brasil.

Conheça os objetivos

Como já mencionado, o manejo regenerativo tem sua base na agricultura orgânica. Prioriza as práticas de saúde do solo, gestão da terra e uso de ferramentas e tecnologias que conservem os recursos naturais. Além disso, existem algumas práticas que devem ser priorizadas no manejo, a fim de garantir a melhoria dos manejos.

Conheça as principais:

  • Uso de plantas de cobertura, o solo não deve ficar desprotegido;
  • Manejo do solo mais conservador, com menor revolvimento e desestruturação;
  • Redução do uso de fertilizantes e defensivos químicos, optando pelo uso de ferramentas biológicas.
  • Uso de técnicas de integração-lavoura-pecuária;
  • Limitação do uso de Organismos Geneticamente Modificados para promover a biodiversidade do ecossistema.
  • Uso de práticas que estejam adequadas ao bem-estar animal e à saúde humana.
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A agricultura regenerativa une técnicas de preservação e ganhos de produtividade.
Fonte: Freepik.

Muitas dessas práticas já são utilizadas pelos agricultores, o objetivo do sistema é que o uso seja integrado buscando a sustentabilidade do sistema. O manejo regenerativo melhora a dinâmica da matéria orgânica do solo, sequestra carbono, aumenta a infiltração de água no solo, favorece o regime hídrico e evita a erosão. 

Principais benefícios da agricultura regenerativa

O cuidado com o solo, água, ar e organismos presentes nos ecossistemas de produção são aspectos primordiais no manejo regenerativo. Através do uso dessas técnicas é possível recuperar solos degradados e manter sua qualidade para as próximas safras. 

O manejo regenerativo valoriza a presença da matéria orgânica do solo, a presença dos microrganismos e da vida do solo. Também preza pelo uso de ferramentas mais limpas de controle de pragas e doenças que permitam o desenvolvimento de inimigos naturais, sejam insetos, bactérias, fungos, protozoários e algas. 

Por isso, é essencial que nesse processo sejam desenvolvidos e utilizados bioinseticidas, biofertilizantes e demais insumos que preservam o ecossistema de forma sustentável. Todos esses fatores unidos, além de preservar, melhorar a qualidade do solo e da produção, contribuem para aumento da produtividade e redução dos custos para o produtor. 

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Conclusão

A agricultura regenerativa faz parte do futuro do agronegócio. É fundamental que o produtor e as empresas agrícolas se adequem ao uso de manejos mais sustentáveis na produção agrícola. O uso desses preceitos e manejos traz benefícios e mudanças tangíveis no ganho de produtividade e rentabilidade. Além disso, mantém os recursos produtivos preservados para próximas safras e futuras gerações. 

Referências

AgTechGarage.news. Biotech colhe resultados positivos da aplicação de agricultura regenerativa. Disponível em: https://www.agtechgarage.news/biotech-colhe-resultados-positivos-da-aplicacao-de-agricultura-regenerativa/

BeefPoint. Porque a agricultura regenerativa é o futuro dos alimentos sustentáveis. Disponível em: https://www.beefpoint.com.br/por-que-a-agricultura-regenerativa-e-o-futuro-dos-alimentos-sustentaveis/

CropLife Brasil. Agricultura regenerativa: a conservação dos recursos naturais em destaque. Disponível em: https://croplifebrasil.org/conceitos/agricultura-regenerativa/. 

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