Pragas do milho: esteja preparado para combater as 4 principais

Ao entrar na sua lavoura, você sabe identificar as pragas do milho? Conhece os diferentes danos causados por elas? Sabe realizar o manejo correto? Essas são perguntas importantes que o produtor de milho deve fazer constantemente. Saber manejar corretamente as pragas no cultivo pode ser o diferencial na produtividade. 

É no momento do planejamento pré-safra onde essas dúvidas precisam ser sanadas. Pensando nisso, trouxemos neste artigo quatro principais pragas do milho. Use esse material sempre que tiver dúvida ou queira informações de como melhorar o manejo de sua produção.

Índice

Pragas do milho: Larva-arame (Conoderus scalaris).

Se caracteriza por ser uma praga subterrânea. Causa danos diretos nas sementes e sistema radicular do milho, dificultando a absorção de água e nutrientes. Seu ataque ocorre logo após a semeadura. Dessa forma, monitorar sua presença desde o início da safra é essencial.

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Larva-arame, importante praga da cultura do milho.
Fonte: EMBRAPA

De forma geral, seu controle é realizado através do uso de inseticidas fosfatados. Mas também pode ser realizado através de tratos culturais. Realizar uma boa drenagem na camada agriculturável do solo força a larva a se aprofundar. Com isso, o dano no sistema radicular é reduzido. Outro manejo que auxilia no controle da larva-arame é a rotação de culturas.

Pragas do milho: Larva-alfinete (Diabrotica speciosa)

Esse inseto também é conhecido como vaquinha ou brasileirinho e danifica as raízes. Com os danos a planta fica sem sustentação e acaba pendendo. Esse sintoma é conhecido como “pescoço de ganso” A fase que o inseto causa danos nas raízes é a larval. Porém a fase mais conhecida é do inseto adulto, conforme a foto a seguir: 

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Adulto de Diabrotica speciosa.
Fonte: EMBRAPA

Na fase adulta, os insetos causam danos na parte aérea e se alimentam dos cabelos do milho. Esses danos são menos expressivos e impactam menos que os danos da larva.

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Danos da larva-alfinete em lavoura de milho.
Fonte: Rafael Veiga – TD Cerrados Oeste

O método de controle mais utilizado ainda é o químico. Porém, produtos à base de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae apresentam excelentes resultados no manejo e são alternativas mais sustentáveis para o controle.  

Latria - Pragas do milho: esteja preparado para combater as 4 principais

Pragas do milho: Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis)

A espécie é temida por muitos produtores de milho. A cigarrinha é um inseto sugador e ataca tanto plântulas como plantas desenvolvidas. Além de causar o enfraquecimento da planta através da sucção, ao se alimentar excreta um líquido chamado “honeydew”. 

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Adulto da cigarrinha-do-milho se alimentando de folhas
Fonte: EMBRAPA

O “honeydew” é um líquido açucarado que provoca o desenvolvimento da fumagina. Dessa forma, a capacidade fotossintética da planta é reduzida provocando perda de produtividade. A cigarrinha ainda é vetor de doenças como enfezamento pálido e vermelho que podem facilmente ser confundidos com deficiência de fósforo devido a semelhança visual do sintoma da doença. 

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Sintomas de enfezamento vermelho no milho.
 O vetor da doença é a cigarrinha-do-milho.
Fonte: EMBRAPA

Alguns manejos auxiliam com controle da cigarrinha como: rotação de culturas, vazio sanitário, uso de cultivares suscetíveis e tratamento de sementes.

Pragas do milho: Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda).

É considerada a principal praga da cultura do milho. As larvas raspam as folhas e quando maiores podem rasgá-las totalmente. Durante o desenvolvimento se deslocam para o interior do cartucho causando danos severos às plantas.

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Lagarta-do-cartucho do milho.
Fonte: Revista Cultivar

Ao penetrar no colmo, cria galerias que provocam o sintoma conhecido como coração-morto. Já na espiga, ataca diretamente os grãos. Além de danificar diretamente o produto, facilita a entrada de patógenos, além de carunchos e traças. 

Para o controle existem diversos métodos além dos defensivos químicos que podem ser utilizados. Predadores como Doru luteipes conhecido como tesourinha podem ser utilizados. Existem parasitóides de ovos como Trichogramma pretiosum, que podem controlar a praga ainda na fase de ovo. Além disso, produtos biológicos à base de Bacillus thuringiensis e Baculovirus apresentam grande eficiência no controle.

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Lagarta-do-cartucho atacada por Beauveria bassiana.
Fonte: Aegro

Conclusão

Neste artigo foi possível conhecer quatro das principais pragas do milho. No entanto, é fundamental que o produtor monitore seu cultivo constantemente. Outras espécies também podem afetar o cultivo, por isso esteja sempre atento às informações sobre o setor. 

É importante conhecer o histórico da propriedade, assim como escolher o manejo mais adequado para sua área de produção. Planeje o manejo de pragas com antecedência e garanta sua produtividade.

Referências

BARROS, R. Pragas do milho. In: PEDROSO, R. S. (Coord.). Tecnologia de produção: soja e milho 2011/2012. Maracaju, MS: Fundação MS, 2011. p. 275-296.eo

CRUZ, I. Lagarta-do-cartucho: o principal inimigo do milho. Cultivar, Pelotas, ano 3, n 35, dez. 2001.

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