Adubação: guia completo para acertar no planejamento

Para atender a demanda atual de produção agrícola é necessário garantir altos índices de produtividade. Uma das formas de atingir esse objetivo é através de uma correção e adubação do solo assertivas.

A adubação correta não é sinônimo do uso de altas doses de fertilizantes. É importante utilizar as doses corretas, indicadas pela análise de solo. Mas além disso, é essencial conhecer as necessidades de cada cultivo, as variáveis do solo e os métodos de aplicação.

Neste material, reunimos informações importantes para que o produtor possa fazer o planejamento da adubação de forma adequada. Aqui você vai encontrar técnicas e manejos que irão auxiliar no ganho de produtividade. Vamos lá?

Índice

O que é adubação?

A adubação é um processo fundamental para o desenvolvimento dos cultivos agrícolas. Esse manejo está diretamente ligado à qualidade dos produtos cultivados. A prática tem como objetivo fundamental nutrir a planta com substâncias necessárias ao seu crescimento, refletindo na produtividade e lucratividade do produtor. 

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As substâncias provenientes da adubação são absorvidas pelas plantas através de suas raízes. Porém como muitas vezes o solo não apresenta quantidades suficientes de nutrientes no solo, é necessária sua complementação.

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O manejo da adubação deve ser planejado na pré safra.
Fonte: MR Rural

Importância da adubação para a produtividade

Para que a planta se desenvolva com eficiência, é essencial que tenha à sua disposição uma quantidade adequada de nutrientes. Por isso, a adubação tem um papel fundamental no desenvolvimento das culturas. 

Ela tem sua prática voltada para a nutrição das plantas, quantificando e disponibilizando substâncias que interferem no seu crescimento.  Além de impactar diretamente a produtividade, a adubação é um reflexo da qualidade do que é produzido.

É importante que o agricultor utilize métodos e técnicas que visem resultados a curto, médio e longo prazo. O planejamento da adubação não deve ser isolado. Apesar de ser realizado na pré-safra, os resultados e ajustes devem ser acompanhados durante todo o processo produtivo.

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A falta de nutrientes no solo traz deficiências para as plantas que reduzem sua produtividade.
Fonte: My Farm

Tipos de adubação

Existem três principais tipos. Vamos detalhar aqui, as características de cada uma:

Adubação mineral:

É a mais conhecida pelos produtores. Nesse caso, são utilizados fertilizantes advindos do refino do petróleo e extração mineral. Sua composição é feita principalmente por elementos como cloretos, carbonatos e fosfatos.

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Os fertilizantes minerais podem ser: simples, quando formados por um composto químico, contendo um ou mais nutrientes de plantas; misto, produto resultante da mistura física de dois ou mais fertilizantes minerais; complexo, formado por dois ou mais compostos químicos, contendo dois ou mais nutrientes. As vantagens de seu uso são a rápida absorção pelas plantas e concentração maior de nutrientes.

Adubação orgânica:

São fertilizantes naturais, provenientes de compostos de matéria orgânica, vegetal e animal. Não passam por processos químicos, são extraídos de folhas, casas, ossos e fezes de animais. De forma geral, são liberados lentamente no solo e sua atuação não é imediata. Entretanto, tem uma ação mais duradoura e prolongada, pois é liberada aos poucos pelos microrganismos presentes no solo.

Podem ser: simples, produto natural de origem vegetal ou animal, como a adubação verde; misto, produto de origem orgânica resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes orgânicos simples; composto, obtido por processos físicos, químicos ou bioquímicos a partir de material natural .

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A tabela acima mostra a concentração de alguns nutrientes em adubos orgânicos de origem animal.
Fonte: Agraer

Adubação organomineral:

São constituídos por material orgânico enriquecidos com minerais, para serem absorvidos de forma mais rápida. Essa combinação tem o objetivo de melhorar o solo e suas características físicas, além de fornecer matéria-prima bruta para que a planta cresça de forma saudável e rápida.

Técnicas para uma adubação eficiente

Uma adubação eficiente depende de diversos fatores. Muitos desses, não controlados pelo agricultor, como condições do solo, clima e quais plantas estão sendo cultivadas. Mesmo assim, existem algumas técnicas que colaboram para uma melhor eficiência dos fertilizantes utilizados.

Para uma adubação junto com plantio direto é recomendado o uso de fertilizantes químicos e granulados. Para adubação a lanço o ideal é utilizar fertilizantes químicos e granulados ou produtos em pó para correção do solo. Quando a adubação for realizada por irrigação é recomendado o uso de fertilizantes líquidos. E para adubação por pulverização o ideal é o uso de fertilizantes foliares diluídos.

Conclusão

A adubação desempenha papel fundamental no planejamento da safra. Ao serem incorporados ao solo, os fertilizantes irão disponibilizar para as plantas os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento.  É importante realizar a análise de solo e corrigir as deficiências de forma adequada.

O uso consciente das técnicas agrícolas de adubação traz diversos benefícios aos cultivos. É importante adequar o manejo para cada tipo de solo e característica da planta cultivada. Planejar a adubação de forma antecipada reduz o risco de perdas e aumenta a lucratividade do produtor.

Referências

LOUREIRO, F. E. V. L.; NASCIMENTO, M. “Importância e função dos fertilizantes numa agricultura sustentável e competitiva”, In: Lapido Loureiro, F.E., Melamed, R., Figueiredo Neto, J. (eds), Fertilizantes: Agroindústria e Sustentabilidade, 1 ed., capítulo 2, Rio de Janeiro, Centro de Tecnologia Mineral, Ministério da Ciência e Tecnologia, 2009.

LUZ, A. B. et al. Rochas, minerais e rotas tecnológicas para a produção de fertilizantes alternativos. In: Agrominerais para o Brasil. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2010. Cap.4, p.61-88.

THEODORO, S. H.; LEONARDOS, O. H.; ALMEIDA, E. Mecanismos para disponibilização de nutrientes minerais a partir de processos biológicos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ROCHAGEM, 1., 2010, Brasília. Anais… Planaltina: EMBRAPA Cerrados, 2010. p. 173-181.

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