Rhizoctonia solani: severidade da doença na soja

Rhizoctonia solani é um fungo patogênico responsável por grandes perdas de produtividade na cultura da soja e outras importantes culturas de interesse econômico. O motivo, é que além do tombamento da soja, pode ser responsável por causar mela ou requeima da soja, podridão aquosa da base da haste, atacando diversos estádios fenológicos da cultura.

Índice

Como ocorre a infecção de Rhizoctonia solani

A transmissão de Rhizoctonia solani via semente é baixa, porém, é comum sobreviver no solo e em restos culturais, em função da gama de espécies hospedeiras e a sobrevivência das estruturas de resistência, os clamidósporos e escleródios, mesmo em condições não favoráveis.

A Rhizoctonia solani é favorecida por condições de dias com a temperatura mais elevada e noites com a temperatura mais amena, que mesmo sem chuvas frequentes, o orvalho formado na madrugada favorece a umidade do solo e consequentemente o desenvolvimento da doença.

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Principais sintomas de Rhizoctonia solani

Logo após a emergência até o estádio de V2, a haste a nível do solo apresenta sinais de estrangulamento. Com o desenvolvimento da doença, pode resultar em murcha e tombamento, ou sobrevivência por mais um curto período em função das raízes adventícias que podem ser emitidas acima do local infectado.

Outra fase crítica, é a que antecede o florescimento da cultura, quando acontece a chamada “podridão aquosa”, em que o sistema radicular fica severamente comprometido e adquire coloração marrom e a morte acontece em reboleiras (Henning, 2014).

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Na imagem acima é possível avaliar a evolução das lesões em duas semanas onde foi inoculado na soja o fungo Rhizoctonia solani (Lebeau, 2008).

Prejuízos de produtividade

De acordo com estudos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – ESALQ/USP), os impactos causados na produtividade de cultivos de soja, milho e algodão no Brasil, variam de 9,5% a 40%, de acordo com o tipo de doença analisada sem o devido controle. Vale enfatizar que essa porcentagem pode ser ainda maior quando há a associação entre doenças de solo e nematoides, como o Meloidogyne javanica e Meloidogyne incognita.

Os patógenos de solo, após a germinação dos escleródios e produção de micélio, podem fazer a infecção direta nas raízes e colo das plantas, contudo os nematoides favorecem a entrada dos patógenos de solo nas raízes e no colo das plantas, através dos pequenos ferimentos que causam, facilitando a entrada do patógeno.

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Foto: Eng. Agr. Ingrid Arns

Manejo

No caso de doenças de solo, usar um método de controle isolado pode não ser uma alternativa eficaz, mesmo a soja apresentando capacidade compensativa em falhas na lavoura, por isso recomenda-se a integração de métodos de controle.

Além do uso de sementes de qualidade, controle químico, rotação de culturas com plantas não hospedeiras e adequação da população de plantas, o uso de microrganismos no controle microbiológico de doenças de solo tem se tornado uma prática com excelentes resultados em campo.

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Em relação a escolha de cultivares, algumas apresentam certa tolerância ou resistência à doenças de solo. De acordo com o histórico da área, escolher uma cultivar com maior tolerância/resistência pode contribuir para manter altas produtividades na lavoura.

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