Mofo-branco é uma das principais doenças da cultura do algodão no Brasil, é causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum e diversas regiões no país apresentam condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento.
Índice
Condições favoráveis para o mofo-branco na cultura do algodão
A ocorrência de mofo-branco na cultura do algodão está muito relacionada com as condições ambientes serem favoráveis ou não ao seu desenvolvimento. As condições favoráveis são: Temperatura amena e alta umidade relativa do ar. No algodão, a probabilidade é maior em áreas irrigadas.
Acarreta perdas de produtividade principalmente em áreas que há cultivo sucessivo de culturas que servem como hospedeiras, soja e feijão por exemplo.
Formas de disseminação de mofo-branco na cultura do algodão
Caso a área já tenha apresentado problemas com mofo-branco, é provável a presença de escleródios na área (estruturas de sobrevivência). Os escleródios podem permanecer viáveis na superfície do solo por aproximadamente um ano e quando enterrado, o tempo de sobrevivência triplica, permanecendo viável por cerca de 3 anos.
Em áreas sem o histórico de mofo-branco, uma das principais formas de disseminação do mofo-branco é através de sementes com os escleródios, por isso o controle na qualidade de sementes. E também através do trânsito de maquinários entre áreas que contém o patógeno e áreas sem a presença do mesmo.
Identificação da doença
A doença é bastante característica e de fácil identificação. Na fase vegetativa, as lesões com aspecto aquoso, aparecem primeiramente no baixeiro, podendo acontecer a formação de micélios com aspecto cotonoso. Com a evolução da doença, pode haver a formação dos escleródios.
A fase de floração da cultura do algodão é bastante crítica, pois servirá como fonte de energia para o fungo, dando a capacidade de iniciar outras infecções.
Foto 1: Mofo-branco na cultura do algodão. Fonte da imagem: Grupo Cultivar.
Controle de mofo-branco
Para melhor eficiência do manejo, é importante a integração de vários métodos. Como controle genético, biológico, químico e tratos culturais. Dentre as estratégias, além do controle químico, o uso do gênero Trichoderma no controle biológico de fungos patogênicos é uma alternativa para a inativação e redução de esporos, contudo, para melhor eficiência do controle, como citado acima, é importante a integração com os outros métodos.
Práticas como rotação com cultura não hospedeiras, densidade de plantas adequada, escolha de material genético, entre outras, também colaboram para a redução da doença.