Azospirillum no milho para aumentar a produtividade

O uso de microrganismos para fixação biológica de nitrogênio é bastante conhecido no cultivo da soja. As bactérias do gênero Rhizobium tornaram o manejo muito utilizado e trouxeram diversos benefícios aos agricultores. Mas você sabia que é possível levar essas vantagens para o cultivo do milho? Neste caso, o nome das bactérias muda, é o Azospirillum, e sua associação com as raízes do milho aumenta a produtividade do cultivo. Quer conhecer mais? Neste artigo separamos os principais pontos do uso dessa tecnologia biológica.

Índice

Principais características do Azospirillum no milho

As bactérias do gênero Azospirillum fazem parte do grupo dos microrganismos promotores de crescimento (BPCP). Seu uso acarreta em benefícios diretos ao cultivo do milho: aumento da massa seca; aumento de produtividade; estímulo para o crescimento e desenvolvimento da planta; produção de fitohormônios; maior tolerância à seca e a patógenos.

É incrível como estas bactérias podem impactar o cultivo do milho!

No entanto, a maior vantagem no uso de Azospirillum para o cultivo é a fixação biológica do nitrogênio. Este mecanismo auxilia na assimilação do nutriente pela planta, impactando diretamente outras funções essenciais para seu desenvolvimento. 

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 Figura 1: Raízes da planta de milho (a) inoculadas com Azospirillum na semente (Costa et. al., 2015).

Quando em associação às raízes do milho, estas bactérias são capazes de captar o nitrogênio da atmosfera e transformá-lo em nitrogênio assimilável pelas plantas. Desta forma, a adubação nitrogenada química pode ser dispensada, reduzindo os custos de produção. Um impacto direto no bolso do agricultor! 

No vídeo abaixo, a Embrapa traz um resumo desta tecnologia, vale a pena assistir!

Detalhando a forma de atuação

O Azospirillum quando em associação com as raízes atua reduzindo o nitrato presente no sistema radicular à amônio. O amônio é a forma em que a planta irá utilizar o nitrogênio em seu metabolismo. Esta é uma reação comum no desenvolvimento das plantas. Porém, o gasto de energia é muito alto, o que pode impactar seu desenvolvimento. 

Azospirillum mostra sua importante função!

A bactéria atua de forma que a planta não precise gastar energia para realizar a conversão. Desta forma, sobra energia para outros processos metabólicos que auxiliam a planta no ganho de produtividade.

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Manejo correto de Azospirillum no milho

Azospirillum pode ser utilizado na inoculação das sementes, direto no sulco na semeadura ou até em pulverizações. No entanto, a forma mais vantajosa é aquela que aproxima ao máximo as bactérias da semente do milho. Quanto menor a distância entre os dois, maiores são as chances de inóculo e do sucesso dos benefícios que essa associação traz. Por isso, os melhores benefícios são advindos da inoculação diretamente nas sementes.

Fique atento aos cuidados necessários no momento da inoculação: distribuição uniforme do produto nas sementes; realizar o manejo em períodos com temperatura amena; não expor as sementes ao sol (pode causar prejuízos diretos as bactérias); não inocular direto na caixa semeadora, pode prejudicar a cobertura; semear no intervalo de 24 horas após a inoculação. Com estes cuidados básicos, o produtor garante os benefícios da aplicação!

Agora que você já conhece os benefícios do uso de Azospillum no cultivo de milho, fique atento no momento da aquisição. Sempre verifique se o produto está registrado no Mapa*, se está dentro do prazo de validade, conserve o material em ambiente adequado (protegido do sol e temperaturas acima dos 30ºC) e siga as orientações de aplicação. E lembre-se, você utilizará um produto biológico e atuando em prol de uma agricultura mais sustentável, segura que preserva o meio ambiente. 

*Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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